A decisão de investir deixou de ser algo restrito a um determinado grupo de pessoas, tornando-se necessidade no mundo moderno. Contudo, não basta apenas aplicar: é preciso encontrar o melhor investimento de acordo com o que você deseja fazer com o seu capital. Por isso, muitas pessoas costumam procurar por ideias para quem quer começar a investir.
Felizmente, para quem está começando a investir, há uma série de opções que podem ser pontuais para entender as nuances dessa área, como a divisão em renda fixa ou variável, por exemplo. O que muitos não dizem é que as possibilidades vão além do que as corretoras, bolsas de valores e bancos oferecem.
Nesse ínterim, é preciso primeiramente definir uma série de questões, como objetivos, quantidade a ser aplicada, conhecimento do mercado em que estará inserido, possibilidade de aportar periodicamente ou em apenas um lote, entre outros.
Pensando justamente nisso que preparamos um artigo sobre qual é o melhor investimento para você e algumas ideias para quem quer começar a investir e trilhar seu caminho como investidor.
Conheça seu perfil
O primeiro passo, antes mesmo de começar a fazer aportes e aplicações financeiras, é descobrir qual é o seu perfil de investidor. Isso faz toda a diferença para entender quais são os produtos mais adequados.
Há três tipos de perfis de investidores clássicos, que contém algumas nuances, onde você pode ‘flutuar’ de acordo com a modalidade desejada. Mas, em linhas gerais, eles se dividem em: conservador, moderado e agressivo.
Conservador
É o investidor que busca, acima de tudo, segurança. Para isso, prefere produtos financeiros blindados contra prejuízos, mesmo que a rentabilidade não seja tão atraente como os demais investimentos.
Ou seja, opta principalmente por aquelas opções que detém o Fundo Garantidor de Crédito (FGV). Esse mecanismo do Banco Central do Brasil (BCB), garante que seus recursos serão pagos, com um limite de até R$ 250 mil, se o banco quebrar ou não conseguir arcar com seus compromissos.
Geralmente as opções mais adequadas a esse tipo de perfil são os de renda fixa. Todavia, isso não impede que um investidor conservador possa explorar outros mecanismos, como as ações, fundos multimercado e traders variados.
Moderado
É um perfil que se expõe a um risco maior, mas também pode ter uma rentabilidade acima do conservador. Esse tipo de investidor é aquele que opta por perder uma parte do seu patrimônio em estratégias mais arriscadas, mas que mantém a outra fatia em dividendos que garantam sua ‘subsistência’ nas aplicações.
Apesar de ser um perfil percentualmente menor em relação a quem quer começar a investir, pode ser uma ideia prática de entender como funcionam os investimentos. Isso porque é possível ter uma rentabilidade idêntica e até superior que o conservador, mesmo com as oscilações do mercado.
Agressivo
O terceiro e último perfil é o agressivo. São os que mais ganham dinheiro — embora, se não tiverem inteligência emocional, podem perder grande parte do seu patrimônio. Felizmente, nos dias atuais e com vários materiais disponíveis, até quem está começando pode adotar uma postura mais arrojada.
Em grande parte estão especulando no mercado financeiro. Possuem um retorno muito rápido, principalmente quando são traders (é deles que se origina o ‘day trade’), ou seja, fazem seus investimentos dentro de um curto espaço de tempo, seja na bolsa ou na flutuação cambial, por exemplo.
Tripé dos investimentos
Outro ponto que, de forma resumida, precisamos entender é o tripé de investimentos. Aqui, você definirá o que deseja: rentabilidade, liquidez ou segurança. Vale destacar que, no melhor dos cenários, só é possível ter dois desses três.
– Rentabilidade: a capacidade de ter maior retorno financeiro, em curto ou médio espaço de tempo;
– Liquidez: trata-se da possibilidade de retomar o investimento a qualquer momento, como em minutos, horas ou dias;
– Segurança: como indicado, são as situações em que o investimento não dará prejuízo, mesmo que ele não renda como outros produtos financeiros, voltados a longo prazo;
Conhecendo o perfil e a decisão que você fará no tripé, passamos algumas ideias para quem quer começar a investir para aumentar seu patrimônio.
1. Fuja da poupança
O primeiro passo é sobre o que não fazer. Erro de muitos brasileiros, a poupança é o pior local para deixar seu dinheiro guardado — com exceção de colocar embaixo do colchão. Isso porque sua rentabilidade perde até mesmo em deixar o capital rendendo em uma conta corrente do mesmo banco.
Sua segurança é igual a de vários produtos de renda fixa (lembre-se do FGC). Por isso, se você tem dinheiro na poupança, saiba: ele não é um investimento e ainda te faz ganhar um valor irrisório acima da inflação, freando seu poder de compra.
2. Renda fixa
É claro que a renda fixa, principalmente para ‘sentir o gosto de investir’, é uma opção muito viável. Contudo, ela deve ser usada apenas para fazer seu fundo de emergência — onde você guarda cerca de seis a 12 meses do valor atual do seu padrão de vida.
Há motivos claros: a maior parte da renda fixa tem uma rentabilidade baixa em curto e médio prazos, apesar de ser muito segura. Por outro lado, mesmo que você seja um investidor iniciante, saiba que a renda fixa é uma opção até mesmo de um investidores agressivos, que blindam seu patrimônio nessas opções.
O melhor investimento de renda fixa, no começo, pode ser escolhido de acordo com a sua atual necessidade. Algumas delas trataremos na sequência.
3. Tesouro Direto
Há uma série de opções dessa modalidade do Tesouro Nacional, vinculadas a taxas como a Selic e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são ótimos para resgatar em curtos a longos prazos. Fáceis de aplicar, são os mais oferecidos pelas corretoras.
4. Certificado de Deposito Bancário (CDB)
São títulos emitidos pelos bancos que podem ter uma rentabilidade um pouco maior que o Tesouro Direto, mas aliado a um risco adicional (que, não deixa de ser seguro). Sua grande vantagem reside na diversidade de opções.
Também, são atrelados ao índice CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é quase idêntico à taxa Selic. Uma dica: olhar o rating do banco que oferece o CDB é indispensável para não ter que correr atrás em caso de falência do mesmo.
5. LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente, são ótimas oportunidades de visitar um produto financeiro mais amplo, com boa rentabilidade e sem incidência de Imposto de Renda (IR).
Novamente, tem um pouquinho mais de risco, mas podem ser as melhores opções para quem quer transitar de um perfil conservador para um mais moderado. Ainda, possuem prazos razoáveis, ótimos para ‘tiros curtos’ no mercado de investimentos.
6. Trader esportivo
Ainda pouco popular no Brasil, mas uma tendência de investimento que virou febre nos Estados Unidos e na Europa, o trader esportivo é uma opção viável porque te dá, dentro de um intervalo de minutos ou horas, a opção de escolher entre rentabilidade, segurança e liquidez — e ainda alternar as três durante seu investimento.
Isso porque o trader esportivo é baseado em um conceito de aplicação e retirada dentro de um evento de esporte, como uma partida de futebol. Funciona basicamente como uma bolsa de valores, onde é possível negociar recursos em tempo real de acordo com o que está assistindo.
Um exemplo que mostra porque o trader esportivo é o melhor investimento para quem transita entre renda fixa e variável são as próprias partidas de futebol: dentro dela, de acordo com a atuação das equipes (perda, troca e posse de bola, finalizações, mapa de calor etc.), pode-se investir no resultado até sair o gol e, na sequência, retirar seu saldo.
Há uma série de empresas que não apenas gerenciam esse investimento, como também te orientam a como operar. Não à toa, tornou-se a opção mais viável para quem gosta de entender as nuances e flutuações de uma especulação de mercado.
7. Ações
Se alguém falar para você que ações não são para iniciantes, deixe essa pessoa de lado. As ações devem fazer parte da sua estratégia, mesmo que você esteja nos primeiros passos como investidor, principalmente para entender vários conceitos que são aplicados na prática.
Obviamente, deve-se estudar com carinho como fazer essa aplicação e, se possível, investir de acordo com a recomendação dos especialistas. Caso ainda não se sinta seguro, um investimento dentro de um fundo de ações é um ótimo tutorial desse meio.
8. Fundo multimercado
Agora, se a opção é entrar em vários investimentos ao mesmo tempo, então é possível adotar os fundos multimercados, recomendado para iniciantes que têm um capital sobrando para um maior risco.
Aqui, compreendem-se os vários tipos de investimentos, como as rendas fixas e variáveis, mas entrando em especulações cambiais, mercado imobiliário, entre outros. Além disso, usa a estratégia de alavancagem, que posiciona melhor sobre o termômetro financeiro das aplicações.
9. Produtos financeiros variados
Por fim, há uma série de outras opções que, apesar de não serem atrativas, podem chamar sua atenção. Entre elas, temos:
– Fundos imobiliários, atrelado à renda variável;
– Letras de Câmbio (LC), em situações de instabilidade de mercado (parecido com o day trade e o trader esportivos em alguns aspectos);
– CRI e CRA, Certificado de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio, respectivamente;
– Ou, até mesmo, o ouro.
Melhor investimento: carteira diversificada
Concluindo o artigo que trouxemos até você com algumas ideias para quem quer começar a investir: escolha o melhor investimento de acordo com as suas necessidades, diversifique sua carteira. Ou seja, busque ter ‘um pouco de tudo’, mas ‘nada de um’, quando o assunto são investimentos.
Uma composição de 10% a 20% na renda fixa, permite que você abra o leque de opções em outros investimentos, como outros 15% em trader esportivo, 10% em ações, 20% em outras aplicações mais conservadoras — modificando e se adaptando à medida que conhece os investimentos.